29 janeiro 2012

Justiça




Então, vieram duas mulheres ter com o rei, e se puseram diante dele.
E disse-lhe uma das mulheres: Ah, meu senhor! 
Eu e esta mulher moramos na mesma casa; 
e tive um filho, estando com ela naquela casa. 
E sucedeu que no terceiro dia depois do meu parto, 
também esta mulher teve um filho. 
Estávamos juntas; nenhuma pessoa estranha estava conosco na casa; 
somente nós duas estávamos ali. 
Ora, durante a noite morreu o filho desta mulher, 
porquanto se deitara sobre ele. 
E ela se levantou no decorrer da noite, tirou do meu lado o meu filho, 
enquanto a tua serva dormia, e o deitou no seu seio, 
e a seu filho morto, deitou-o no meu seio. 
Quando me levantei pela manhã para dar de mamar a meu filho, 
eis que estava morto; mas, atentando eu para ele à luz do dia, 
eis que não era o filho que me nascera. 
Então disse a outra mulher: Não, mas o vivo é meu filho, e teu filho o morto. Replicou a primeira: Não; o morto é teu filho, e meu o vivo. 
Assim, falaram perante o rei. 
Então disse o rei: Esta diz: Este que vive é meu filho, e teu filho o morto; 
e esta outra diz: Não; o morto é teu filho, e meu filho o vivo. 
Disse mais o rei: Trazei-me uma espada. E trouxeram uma espada diante dele. 
E disse o rei: Dividi em duas partes o menino vivo e dai uma 
metade a uma, e outra metade a outra. 
Mas a mulher cujo filho viera de suas entranhas estremeceu por seu filho, e disse: Ah, Senhor! dai-lhe o menino vivo, e de modo nenhum o mateis. 
A outra porém, disse: Não será meu, nem teu, dividi-o. 
Respondeu então, o rei: Dai à primeira o menino vivo e de 
modo nenhum o mateis; ela é sua mãe. 
E toda Israel ouviu a sentença que o rei proferira, e temeu ao rei; 
porque viu que havia nele a sabedoria de Deus para fazer justiça.

Bíblia, I Reis 3.16 a 3.28





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