Que sejamos humildemente, mães de coração. Sejamos expressão do Amor infinito, da Beleza atemporal, da Sabedoria da unidade da equanimidade e da impermanência, do Trabalho desinteressado e constante, da Gratidão por cada dia, da Consciência plena. Sejamos pros outros a Luz que abraça, alimenta e renova, fonte de todas as virtudes.
Que em nosso coração batam todos os outros corações.
Que possamos perceber que a nossa Vida está ligada a tudo e a todos em Amor e em Verdade.
Quando era pequena, nas apresentações de Ação de Graças do colégio onde estudava,
lia-se sempre algumas orações. Era sempre complicado escolherem alguém pra ler essa oração em particular, pois as crianças subiam no palco e choravam compulsivamente, emocionadas ao lê-la em voz alta. E na sala espalhava-se um silêncio sagrado durante algum tempo, tal a sua verdade e pureza. Testemunhei esse poder que manifestava esse espetáculo sagrado por diversas vezes, durante vários anos consecutivos e guardo, desde então,
essa comoção, amor e respeito por São Francisco e Suas palavras de cor (ação)...
Preghiera Semplice (Oração Simples)
"Senhor, faze de mim um instrumento de sua paz,
Onde houver ódio, que eu leve o Amor
Onde houver ofensa, que eu leve o Perdão
Onde houver discórdia, que eu leve a União
Onde houver dúvida, que eu leve a Fé
Onde houver erro, que eu leve a Verdade
Onde houver desespero, que eu leve a Esperança
Onde houver trevas, que eu leve a Luz
Ó Mestre, faze que eu procure mais consolar que ser consolado,
"Falamos muito ao longo destes últimos anos dos direitos humanos, simplesmente deixamos de falar de uma coisa muito simples que são os deveres humanos, que são sempre deveres em relação aos outros, sobretudo. E é essa indiferença em relação ao outro, essa espécie de desprezo do outro... O egoísmo pessoal, o comodismo, a falta de generosidade, as pequenas cobardias do quotidiano, tudo isso contribui para essa perniciosa forma de cegueira mental que consiste em estar no mundo e não ver o mundo ou só dele ver o que, em cada momento, for susceptível de servir os nossos interesses.
Temos que acreditar em alguma coisa e, sobretudo, temos de ter um sentimento de responsabilidade colectiva, segundo a qual, cada um de nós será responsável por todos os outros."
"A vida é breve, mas nela cabe muito mais do que somos capazes de viver."
"Dentro de nós há uma coisa que não tem nome, essa coisa é o que somos."
"Qual é o processo do espírito e da semente, cheio de fé, que toca o solo nu e o torna rico de novo?
Não tenho a resposta completa.
Só estou certa de que, enquanto estivermos aos cuidados dessa força de fé,
aquilo que pareceu morto não estará morto,
aquilo que pareceu perdido, não estará mais perdido,
aquilo que alguns alegaram ser impossível,
tornou-se nitidamente possível,
e a terra que está sem cultivo, está apenas descansando,
descansando à espera de que a semente venturosa chegue com o vento, com todas as bençãos de Deus. E ela chegará."
"Perséfone, a deusa virgem da terra, foi capturada e mantida por muito tempo no mundo subterrâneo. Durante esse período, sua mãe, a própria Terra, sentia tanta falta do seu lindo espírito que se tornou árida, e um inverno permanente, frio e estéril caiu sobre a terra. Quando Perséfone foi afinal libertada das agruras do inferno, voltou para a terra com tanta alegria que cada passo do seu pé descalço que tocava o chão estéril fazia com que no mesmo instante, uma faixa de vida, verde e flores se espalhassem em todas as direções."
"Conta-se que numa cidade do interior que um grupo de pessoas se divertia com o "idiota" da aldeia. Um pobre coitado, dito de pouca inteligência que vivia de pequenos biscates e esmolas. Diariamente, chamavam-no ao bar onde costumavam reunir-se e ofereciam-lhe a escolha entre duas moedas, uma grande de 400 RÉIS e outra menor de 2.000 RÉIS. Ele sempre escolhia a maior e menos valiosa, o que era motivo de muitas gozações. Certo dia, um dos membros do grupo chamou-o e perguntou-lhe se ainda não havia percebido que a moeda maior valia menos. "Eu sei, respondeu o tolo. Ela vale cinco vezes menos, mas no dia que eu escolher a outra, a brincadeira acaba e não vou mais ganhar minha moeda.”
Dentre muitas conclusões que se pode tirar dessa narrativa, a mais interessante é que aquilo que nos move é a nossa certeza de estarmos bem, independentemente da opinião que os outros têm a nosso respeito. Portanto, o que importa não é o que pensam de nós, mas sim, quem realmente somos. Preocupar-se mais com a consciência do que com a reputação, porque a consciência é o que somos, e a reputação é o que os outros pensam de nós.