04 junho 2011

Aquilo que nunca morre



"Recuse-se a cair,
Se não puder recusar-se a cair, 
recuse-se a ficar no chão.
Se não puder se recusar a ficar no chão,
eleve o coração aos céus
e, como um mendigo faminto,
peça que o encham,
e ele será cheio.
Podem empurrá-lo pra baixo.
Podem impedi-lo de levantar-se.

Mas ninguém pode impedi-lo
de elevar seu coração
aos céus...
só você.
é no meio da aflição
que tantas coisas ficam claras.
Quem diz que nada de bom
resultou disso
ainda não está escutando."




"Qual é o processo do espírito e da semente, cheio de fé,
 que toca o solo nu e o torna rico de novo?
Não tenho a resposta completa.
Só estou certa de que, 
enquanto estivermos aos cuidados 
dessa força de fé,
aquilo que pareceu morto não estará morto,
aquilo que pareceu perdido, 
não estará mais perdido,
aquilo que alguns alegaram ser impossível, 
tornou-se nitidamente possível,
e a terra que está sem cultivo, 
está apenas descansando,
descansando à espera de que 
a semente venturosa chegue com o vento,
com todas as bençãos de Deus.
E ela chegará."









"Perséfone,
a deusa virgem da terra,
foi capturada e mantida por muito tempo no mundo subterrâneo.
Durante esse período, sua mãe, a própria Terra,
sentia tanta falta do seu lindo espírito
que se tornou árida, e um inverno permanente,
frio e estéril caiu sobre a terra.
Quando Perséfone foi afinal libertada das agruras do inferno, 
voltou para a terra com tanta alegria que 
cada passo do seu pé descalço que tocava o chão estéril 
fazia com que no mesmo instante,
uma faixa de vida, verde e flores 
se espalhassem em todas as direções."


textos de Clarissa Pinkola Estés

Nenhum comentário:

Postar um comentário