24 maio 2011

Estado de Ser





Sermos nós mesmos o tempo todo, espontâneos, conscientes
E assim, ter todas as escolhas

Viver no agora, sempre e
 Assim, ter todo o tempo do mundo

Não existe falta de tempo, 
existe falta de tempo pra preencher
 nossas próprias expectativas

Não existe falta de opção, 
existe falta das opções que achamos que seriam boas pra nós 
ou pra outros de acordo com o nosso ponto de vista.

E esse apego ao nosso Eu, 
com o qual a gente se acostumou e já não percebe, 
faz com que deixemos de perceber o que não é Eu,
que é o que está em nós e à nossa volta, o tempo todo

Se Eu é só uma ideia, um conceito que criamos de nós mesmos,
que só nós vemos e que filtra a nossa percepção, 
deixando essa ideia pra trás, vemos todo o resto 
que é o que É na realidade, e que está sempre lá e sempre esteve,
 pra além de todas as nossas ideias, conceitos ou expectativas
geradas a partir dessa primeira... esse Eu.

Quando só contemplamos... 
o pôr do sol, que é uma coisa bela, pra começar,
não há Eu, não há palavras, lembranças, história, projeções, 
descrições, opiniões, pensamentos, julgamentos ou conceitos
Não há necessidade de expressão.

Há emoção ou sensação, a princípio, que com algum tempo, se esvai 
e o que sobra é um observar constante, 
um estado de alerta, presente

E esse estado que está pra além da dualidade, 
do bom e do não bom,
do gostar e do não gostar, 
do querer e do não querer é
o centro de nós mesmos, 

Onde o giro da roda dos acontecimentos,
 que faz de tudo impermanência, já não tem poder, 
onde já não há percepção de tempo ou espaço,
onde já não há separação de eu e outro,
onde há só Ser, silêncio, presença

um momento com sabor de eternidade.









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